terça-feira, 10 de dezembro de 2013

It's the most wonderful time of the year...

Não tem jeito, a voz da Simone cantando “Então é Natal” já está por toda parte dando boas vindas ao espírito natalino. O ano realmente passou rápido. Como aquela tia falou, grande parte das resoluções feitas no réveillon passado não foram alcançadas e, mais um vez, a grana está curta. Mas calma, está curta pra mim, pra você, pro país, então vamos parar com esse mimimi, montar logo essa árvore linda, que o Natal já chegou e a gente vai aproveitar com vigor cada segundo dele! Aliás, já aproveito para pedir licença para escrever na primeira pessoa, é impossível falar do Natal sendo imparcial, distante.

Pela minha euforia, acho que já deixei transparecer que sou um entusiasta clássico do Natal. Nenhuma época do ano consegue reunir tantos adjetivos na tentativa de descrever o que significa essa famosa magia que só aparece em dezembro. O Natal tem cheiro, tem gosto, tem textura! É como dizia Andy Williams: “It’s the most wonderful time of the year.”

Acontece que nós ficamos tão empolgados com essa magia, que achamos que nosso bolso é tão mágico quanto o Natal. E aí, quando percebemos, já é tarde demais e o cheque especial já deixou a nossa conta mais vermelha que o nariz das renas. Mas será que tem que ser sempre assim, ano após ano? É isso que o Natal significa? Não! Como eu disse, o Natal tem gosto, tem cheiro e textura. Mas sabe uma coisa que o Natal não tem? Preço, que, nada tem a ver com valor. Já percebeu aonde eu quero chegar? Natal tem gosto de comida boa, gostosa, feita na hora. Tem cheiro de família, amor, carinho, cumplicidade, amizade, recordação. E tem textura de gente. Não tem preço.

Aí você está pensando que continua cheio de compromissos, despesas, amigo oculto, jantares, almoços de fechamento de ano, encontros da turma da faculdade e por ai vai. Fique calmo, antes de tudo, acho muito importante ter em mente que se o stress se tornar maior que a alegria de viver tudo isso, nada vai valer a pena. Sai dessa! Priorize o que é prioridade.

Então vamos à solução prática. Eu não participei da criação do ChefsClub (infelizmente), mas como eu gostaria de ter tido essa ideia, que a meu ver, soluciona boa parte dos problemas aqui levantados. Mesmo não tendo sido o pai da criança, me sinto orgulhoso em propagar um conceito que acredito. O ChefsClub permite que você e seus amigos (o número varia de acordo com o restaurante, podendo chegar a 10) tenham de 30% a 50% de desconto em horários selecionados, e antes que você torça o bico, não são horários caídos não meu povo, estou falando de horário nobre! Fez as contas? Então faça. Digo isso, pois essa simples ideia me permite encontrar meus amigos, ir a restaurantes que normalmente eu não iria, vivenciar experiências maravilhosas... Isso tudo economizando e fazendo meus amigos economizarem por tabela. Isso é aproveitar o Natal. Estar com quem a gente ama, sem pagar a mais por isso. Com o ChefsClub você não precisa esperar o Natal para fazer isso tudo. Afinal reunir seus amigos para comer e celebrar a vida deveria acontecer o ano todo. Sem correria. Mas se você não sabe como ver todo mundo nesse Natal, sem abrir falência, corre lá que o ChefsClub resolve isso pra você!



domingo, 1 de dezembro de 2013

Giving Thanks.

Ainda no espírito do dia de Ação de Graças, estava refletindo e gostaria de fazer algumas considerações. Esse ano eu tive a chance de ver pela segunda vez a minha peça favorita na Broadway, Wicked. Se um dia você tiver a chance de ver, veja, eu te garanto que não vai se arrepender. Olha, talvez eu seja completamente suspeito pra falar mas se ela causar em você apenas 1/3 do que causou em mim, vai valer a pena. Me lembro perfeitamente da sensação que tive ao assistir tanto da primeira quanto dessa segunda vez. Eu estava que nem pinto no lixo, not kidding.

Não, não era novidade. Sim, eu já sabia todo o desenrolar da trama, mas ainda assim, me emocionou. Sabe quando você é criança e faz a sua cartinha pro Papai Noel, pedindo AQUELE presentão, e o “Papai“, ou a “Mamãe“, que de Noel não tem nada, vem e realiza seu desejo, sabe essa sensação de pedido atendido? É disso que estou falando.

No ultimo ato de Wicked, a gente recebe uma aula de Ação de Graças que vem na forma de uma música que se chama “For good“. Ironicamente, o dia de Ação de Graças é um dos feriados mais importantes lá na Terra do Tio Sam, onde tudo nos leva à reflexão para sermos gratos por tudo o que temos, por tudo o que somos, ainda que no dia seguinte, na famigerada Black Friday, nós nos joguemos em filas animalescas para comprar tudo o que não temos e que tão pouco precisamos. Mas gostaria de me ater à parte bonita do feriado, à parte que me inspira.

Eu ouvi dizer que as pessoas entram na nossa vida por uma razão, e elas sempre trazem algo que nós devemos aprender. A vida nos leva àqueles que nos ajudam mais a crescer, se os permitimos, e os ajudarmos também. A verdade é que eu não sei se acredito muito nisso, mas eu sei que eu sou quem eu sou hoje por que eu te conheci. Você, que faz parte da minha vida, da minha caminhada, da minha história, você estará comigo, como uma marca no meu coração. Pode até ser que nós não nos encontremos novamente nessa vida, então deixe-me falar pois essa é minha chance. Muito de mim, é feito do que eu aprendi com você, e não importa como a minha história termine, eu sei que você me ajudou a reescrevê-la. Como uma semente deixada por um pássaro numa floresta distante, quem pode dizer se eu mudei pra melhor? Mas porque eu te conheci eu mudei pra sempre.

Tem com não ser grato?

Fico por aqui, com o coração repleto de gratidão.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Duas fatias de pizza e um guaraná.

Dia desses fui comer uma pizza com um amigo em um determinado restaurante da zona sul carioca e acabei por experimentar uma interessante experiência gastronômica e social.

Como nunca tinha ido ao estabelecimento, me chamou a atenção a simplicidade do conceito com pouca variedade e excelente qualidade das pizzas. O local também se destacava. Design contemporâneo, cores fortes e chamativas, mas sem nenhum exagero. Me sentia no Soho ou no Meatpacking District (sou exagerado, e sei disso). Mas o que realmente estava se destacando ali era o mal humor generalizado dos funcionários. Impressionante. Todos de bico.

Estava com fome e não havia mesa disponível, então paguei as pizzas no caixa e pedi para comer ali mesmo, no balcão. Estendi meu braço com o recibo e a atendente depois de muito zanzar, pegou meu recibo e apenas olhou para mim. Não falou nada. Confesso que nesse momento, "meu sangue de espanhol" (como diz minha mãe) quase falou mais alto e cometi uma grosseria no anseio de ser bem tratado, mas respirei fundo e calmamente mandei um "boa noite, gostaria de uma fatia de portuguesa, por favor". Ela continuou sem dar uma palavra.

Comi. De fato, uma delicia.

Não sei se você reparou no início do texto mas escrevi pizzas, no plural. Então fui ao segundo pedaço, e dessa vez resolvi inovar. Queria algo surpreendente. Diferente. Novo. Incrível. Então lá fui eu de novo, torcendo pra não ser a mesma simpática funcionária de outrora (apesar de já imaginar que outra não seria diferente). Eu estava empenhado na missão de conseguir um pizza brilhante. Então olhei no balcão mas nada me cativou. Estendi o braço e “bingo“ a mesma simpática de antes, repetindo o feito, apenas me olhou, esperando minha proatividade.

- Oi, então, eu quero uma fatia da sua melhor pizza.
- O que?
- Eu disse que eu quero uma fatia da sua melhor pizza.
- Senhor, nós temos portuguesa, calabresa, mussarela, marguerita...
- Pois então, eu quero a melhor.
- Mas o senhor precisa escolher.
- Mas eu já á escolhi, quero a melhor!
- A melhor não tem agora. Está fazendo ainda.
- Olha, eu já paguei, comprei uma fatia, quero a melhor fatia disponível e quem vai me dizer qual é a melhor fatia disponível é você.

Nesse momento, outra atendente para e se junta pra entender o que está acontecendo.

- Pois não?!
- Querida, eu estava tentando dizer pra sua colega que quero uma fatia da sua melhor pizza apenas isso, se não me falhe a memória, essa já é a sexta vez.
- Mas qual o senhor quer?
(Nesse momento duas perguntas não saem da sua mente,como é possível ser tão difícil? Seguida de... como o Guilherme pode ser tão chato?)

Depois de muito confabularem, voltaram as duas com uma fatia de calabresa. Confesso que num primeiro momento, fiquei decepcionado, afinal, eu queria a melhor, e queria ser surpreendido, e queria que fosse brilhante e queria que fosse inovadora e queria que fosse intrigante e queria que fosse genial. E foi. Só que, na verdade, verdadeira, eu só queria ser ouvido.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vira-lata.

Tenho que confessar, eu sou viciado em séries. Mas eu não sou como um cão de raça esnobe que não vai com a cara de qualquer um. A série não precisa ser muito requintada para conquistar meu coração, sou um vira-lata assumido. Muitas vezes reluto em começar a ver uma nova por saber que vou me viciar facilmente, e desta vez não foi diferente. Game of Thrones arrebatou meu coração. Conspiração, legado, honra, poder, lealdade, vingança e amor. Todos elevados à décima potência. Tirou meu fôlego.

É fato de que a vida pode e deve ser emocionante. A vida de algumas personagens certamente é quase como um conto de fadas. Já outras parecem protagonistas de sangrentas tragédias gregas da melhor qualidade. E isso tudo nos excita. A vida nos excita.

Quem nunca desejou ter a vida de algum personagem? Eu, por exemplo, sempre quis ser o Iron Man. É, pode rir. Mas certamente você também já desejou ser alguém tão fantástico quando ele. Talvez a única diferença entre eu e você é que eu publiquei isso em um blog. (Pausa para rir de mim mesmo).

Essa introdução já está ficando longa demais, então vamos ao que interessa. Minha mãe costuma dizer que nós só temos o agora. O ontem já não está mais disponível e o amanhã ainda não nos foi dado. (Muito clichê, eu sei). Eu sempre pensava mentalmente em resposta à minha mãe, algo do tipo: “ta bom, mãe, valeu.” Acontece que ela, por ser mãe, possui o poder divino de estar certa 101% das vezes, e dessa vez não foi diferente. (clichê again).

Sabe onde eu quero chegar? Diferentemente de muitas das séries, nós só temos esse momento, essa vida, esse agora. Nós não temos o luxo de desperdiçar nossas vidas vivendo ela como se ela não fosse um presente, como se fosse insignificante.

Uma vez, me senti mais poderoso do que o Iron Man. Comprei um tênis, um short, uma camiseta, bem bonitos, mas bem bonitos mesmo, do tipo que um chato como eu gostaria de usar, e dei pra uma criança de um orfanato, na tentativa de possibilitar um Natal um pouco mais feliz para ele. Não me vanglorio, na verdade, quando fiz aquilo foi que percebi o quão pouco eu faço pelo meu próximo.

Sabe uma coisa que a grande maioria dos super heróis têm em comum, sejam eles protagonistas de Game of Thrones ou Marvel’s agents of Shield? Eles sabem que a vida deles tem um propósito. E isso os torna grandes.

Seja grande. Seja cheio. Quem sabe não tem um super herói escondido dentro de você também.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pra que isso?

Quando contei pra alguns amigos que gostaria de criar um blog essa pergunta foi bem recorrente. Sempre gostei de escrever, e esse foi um dos motivos que me trouxeram aqui. A verdade é que quem gosta de escrever, gosta de escrever. Redundante né? E eu gosto de escrever. Mas o fato é que ainda não descobri se gosto de escrever sobre algo em particular ou se só gosto de escrever.

Ihhh... Tô ficando chato. Ok! Foco! Vou me esforçar pra não ser chato, prometo. Mas acho que na maioria das vezes o serei. Mas prometo tentar.

Não, não sou escritor, nem pretendo ser. Meu eu-lírico é comedido demais pra isso. Mas se escritor é quem escreve, então sim, me deixo levar pela simplicidade do adjetivo.

Estou tentando me descobrir, me conhecer. Por muito tempo permitimos (aqui parto do princípio que não sou o único louco que fugiu do manicômio) que a sociedade determine o que nos é conveniente. 

Durante muitas sessões de terapia (sim, eu faço terapia) eu tentei desconstruir inúmeros dogmas que permiti que o mundo fosse colocando em mim. E um deles era o de que eu não era capaz. And I know that you know what I mean. 

Engraçado que por mais que em determinadas fases da minha vida eu experimentasse o sucesso em determinado projeto, ou empreitada, eu me sentia sortudo, mas não capaz. Foi aí que decidi começar minha luta particular comigo mesmo. A partir desse dia, passei a tentar me respeitar. Dizendo "não" quando deveria dizer "não", e dizendo "sim" quando deveria dizer "sim". E vocês não tem idéia do tamanho do fardo que saiu das minhas costas. A vida é curta demais para perder tempo com o que não importa. (Vou repetir isso aqui muitas vezes). Faça o que você gosta, o que te faz bem, o que te torna melhor. E se você ainda não souber, tudo bem, a decisão de descobrir é o primeiro passo. Esse aqui é o meu passo. Busque o seu também!

;)